"A realidade é que nenhum país pode atualmente decidir devoluções ao Afeganistão", disse à Sky TV o ministro Notis Mitarachi.
"Também não sabemos quais condições vão prevalecer no Afeganistão nos próximos meses", afirmou, acrescentando que "ainda é cedo" para afirmar que a Grécia enfrentará uma nova onda de migrantes.
No entanto, "consideramos a Turquia um país seguro para os cidadãos afegãos".
Há meses, a Grécia tenta em vão persuadir a Turquia para que receba quase 2.000 imigrantes cujas solicitações de asilo foram rejeitadas por Atenas.
Até o momento, Mitarachi afirma que a prioridade da Grécia é evacuar cidadãos da UE e aos afegãos que ajudaram as forças gregas durante a missão da Otan em seu país.
"A primeira prioridade é de caráter humanitário (...). Estamos discutindo sobre a transferência de algumas famílias, intérpretes do exército grego, ou pessoas que cooperaram conosco de alguma maneira", declarou.
No entanto, insistiu que a Grécia não voltará a se tornar uma "porta de entrada de fluxos irregulares" de migrantes, depois da onda de 2015, e acrescentou que seu país já abriga quase 40.000 afegãos.
"Vinte mil deles são solicitantes de asilo e os outros 20.000 são refugiados reconhecidos", explicou.
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