Jornal Estado de Minas

WASHINGTON

Organização de defesa da imprensa pede que talibãs interrompam assédio a jornalistas

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) pediu nesta quarta-feira (18) aos talibãs que "interrompam a violência" contra a imprensa, denunciando buscas nas residências de "pelo menos quatro jornalistas e trabalhadores da mídia", três deles da rede alemã Deutsche Welle.



"Os talibãs devem encerrar as buscas nas casas de jornalistas, comprometer-se a acabar com a violência contra eles e permitir que os mesmos trabalhem livremente e sem interferência", disse Steven Butler, oficial do CPJ para a região da Ásia.

O CPJ, com sede em Nova York, "investiga as notícias de hoje de que militantes talibãs espancaram dois jornalistas na cidade de Jalalabad, província de Nangarhar, onde os profissionais cobriam uma manifestação contra a tomada do poder pelo grupo, informou.

Os talibãs revistaram as residências de pelo menos três funcionários da Deutsche Welle, segundo o CPJ, que verificou essa informação junto à emissora pública alemã.

O funcionário da Deutsche Welle Karl Justen indicou no site do canal que os talibãs "estavam procurando" esses jornalistas. "Com os talibãs assumindo o poder, as vidas dos funcionários da Deutsche Welle e de suas famílias no Afeganistão estão seriamente ameaçadas", assinalou, em nota conjunta com outro executivo, Peter Clever.

Segundo o CPJ, "os trabalhadores não estavam em casa durante as operações e agora estão escondidos".

Sete jornalistas morreram desde o início do ano no Afeganistão, segundo o Observatório da Unesco.

audima