Nas últimas 24 horas, foram contabilizados 31.266 novos casos e 564 óbitos, segundo o Ministério. Desde o surgimento da pandemia no território, o país acumula 4.587.683 casos e 100.255 mortes.
O Irã é o país do Oriente Médio mais afetado pela pandemia e, de acordo com as próprias autoridades, os balanços oficiais estão subdimensionados.
Desde junho, Teerã enfrenta um aumento muito significativo de casos de covid-19. Segundo o governo, o país vive uma "quinta onda" causada pela variante delta do coronavírus, que fez os balanços subirem desde o início de agosto.
"O número de infecções e de hospitalizações se estabilizou em 14 províncias (...), mas se espera que o número de mortes aumente nos próximos dias", afirmou o vice-ministro da Saúde, Iraj Harirchi, citado pela agência de notícias Isna na quarta-feira (18).
Na segunda-feira (16), as autoridades decretaram uma série de medidas para tentar conter a propagação do coronavírus. Entre elas, estão a proibição de viagens de carro interprovinciais até 27 de agosto e o fechamento em todo território nacional de repartições públicas, bancos e estabelecimentos comerciais e empresas considerados não essenciais.
Nesta quinta-feira, a agência de notícias Isna informou que a proibição de dirigir foi violada por alguns cidadãos, que estariam usando caminhões para transportar seus carros para locais turísticos - em particular, na província de Gilan, no norte do Irã.
Com frequência, as autoridades atribuem o aumento do número de casos de covid-19 a "viagens não essenciais" e ao descumprimento por parte da população das medidas sanitárias impostas pelo governo.
Estas últimas restrições foram estabelecidas em meio à cerimônia xiita da Ashura, a Festa do Sacrifício, entre quarta e quinta-feira. Tradicionalmente, é uma data, para a qual se convoca grandes reuniões e multidões.
As medidas não foram aplicadas às celebrações realizadas ao ar livre, segundo as autoridades.
"O comportamento dos peregrinos nas cerimônias vai determinar a evolução do coronavírus no país", alertou Harirchi.
O Irã nunca impôs um confinamento total a seus 83 milhões de habitantes, mas já estabeleceu medidas parciais, como a proibição temporária de viagens e o fechamento de empresas.
Economicamente asfixiado pelas sanções americanas restabelecidas em 2018 pelo então presidente Donald Trump, o Irã destaca que enfrenta dificuldades para importar vacinas e, com isso, poder acelerar sua campanha de inoculação contra o coronavírus.
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