Uma gigantesca ponte aérea foi criada desde domingo (15), com aviões de diversos países, em um aeroporto que tem os arredores controlados pelos talibãs.
- Alemanha envia 600 soldados a Cabul -
A Alemanha retirou 500 pessoas, incluindo 202 afegãos, e aprovou o envio de 600 soldados a Cabul para ajudar na saída do maior número possível de pessoas até 30 de setembro, no mais tardar.
- Primeiro voo chega à Espanha -
O primeiro avião militar da Espanha procedente de Cabul com 50 espanhóis e colaboradores afegãos pousou nesta quinta-feira na base militar de Torrejón de Ardoz, ao nordeste de Madri.
A Espanha também aceitou ajudar a retirar do Afeganistão funcionários locais da União Europeia (UE) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e transportá-los para a Europa. Os cidadãos afegãos serão enviados para vários países europeus.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, afirmou na quarta-feira que a UE tinha "400 pessoas para repatriar".
- Novo voo de afegãos para a França -
A ponte aérea francesa, via Emirados, prossegue com a chegada prevista nesta quinta-feira de um novo voo com 120 pessoas, essencialmente afegãos. Um primeiro contingente de afegãos chegou ontem a Paris.
"Estamos contabilizando um certo número de necessidades muito urgente. Falamos, sem dúvida, de algumas milhares de pessoas que devem ser retiradas do Afeganistão, em sua maioria afegãos", declarou o secretário de Estado francês para Assuntos Europeus, Clément Baune.
- Milhares de retirados por Washington e Londres -
O governo dos Estados Unidos enviou 6.000 militares para garantir a segurança no aeroporto de Cabul e retirar os 30.000 americanos e civis afegãos que trabalharam para Washington e temem por suas vidas. Desde o início das opeações no dia 14, foram retirados mais de 7.000 pessoas.
O Departamento de Estado afirma, porém, que os talibãs "estão impedindo que os afegãos que desejam sair do país cheguem ao aeroporto".
O Reino Unido retirou 306 britânicos e 2.052 afegãos.
- Mais de 200 afegãos chegam a Roma -
Mais de 200 afegãos chegaram a Roma, entre eles uma militante dos direitos humanos, Zahra Ahmadi, e funcionários da Fundação Veronesi, que abriu um centro de tratamento de câncer em Herat, atualmente fechado.
- Pontes aéreas de outros países -
A Turquia repatriou 324 cidadãos na segunda-feira e organiza o retorno de mais de 200 de Cabul.
Outros voos partiram nos últimos dias para Holanda, Polônia (segundo avião chega nesta quinta), Dinamarca (320 pessoas chegaram nesta quinta-feira), Noruega, República Tcheca, Hungria e Bulgária. Quinze romenos não conseguiram chegar ao aeroporto de Cabul e o avião enviado por seu país retornou com apenas uma pessoa.
CABUL