O Exército israelense informou a mobilização de ataques aéreos contra quatro lugares de "fabricação e armazenamento de armas" do movimento islamita Hamas, que controla este enclave palestino, e do reforço de sua divisão em Gaza com tropas adicionais.
Antes, as tropas israelenses na fronteira responderam com tiros contra manifestantes palestinos que lançavam coquetéis molotov, queimavam pneus e tentavam escalar o muro fronteiriço de Gaza.
Os confrontos ocorrem três meses depois que Israel e Hamas - que governa o enclave palestino - alcançaram uma trégua após combates intensos.
"Quarenta e um civis ficaram feridos", explicou o Ministério da Saúde do enclave palestino em um comunicado.
Um menino de 13 anos está em estado grave após levar um tiro na cabeça.
O exército israelense indicou, por sua vez, que um policial foi "gravemente ferido" por tiros vindo de Gaza.
"Sua condição é crítica e corre risco de vida", afirmou.
"Centenas de encrenqueiros e manifestantes" se reuniram no outro lado da fronteira e tentaram superar a barreira, explicou o comunicado.
"As tropas na área estão prontas para usarem material anti-distúrbios e, caso seja necessário, balas de calibre 22", informou o exército.
O ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, disse na televisão que esses são "acontecimentos extremamente graves".
Israel lançou gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que queimaram pneus.
O movimento islâmico Hamas, que controla Gaza, convocou o protesto para comemorar o incêndio da mesquita Al-Aqsa em Jerusalém há 52 anos.
A polícia israelense "continuará agindo com firmeza contra aqueles que queiram nos causar danos", disse o comissário Kobi Shabati em nota.
Pouco depois de seus comentários, o Exército israelense informou sobre os ataques aéreos contra os lugares de armazenamentos de armas do Hamas. Inicialmente, não há registro de mortes por esses ataques.
Há exatos três meses, Israel e o Hamas assinaram uma trégua após os piores incidentes em anos. Durante onze dias no mês de maio, Israel bombardeou a Faixa, em retaliação às centenas de foguetes lançados do enclave.
A reconstrução de Gaza não avançou desde a trégua de 21 de maio, em parte por causa do bloqueio que Israel mantém ao redor da Faixa desde que o Hamas assumiu o poder em 2007.
Na última quinta-feira, Israel anunciou que permitiria o fluxo de fundos do Catar para Gaza, mas outras restrições permanecem em vigor.
audima