No final de maio, Biden pediu à inteligência americana, até agora incapaz de se pronunciar sobre a tese de uma vazamento acidental do vírus de um laboratório chinês, para "redobrar seus esforços" para explicar o problema da origem da covid-19 em 90 dias.
O presidente recebeu o relatório ultrassecreto nesta terça-feira, mas o documento não é conclusivo.
Apesar da investigação e análise, os investigadores não chegaram a um acordo sobre uma explicação definitiva, relatou o The Washington Post, citando duas autoridades americanas anônimas próximas ao caso.
Parte da razão é que a China não forneceu informações suficientes, diz o The Wall Street Journal, que também conversou com duas autoridades americanas não identificadas.
De acordo com funcionários citados pelo Washington Post, os serviços de inteligência tentarão nos próximos dias desclassificar partes do relatório para eventual divulgação.
A teoria de um acidente no laboratório de Wuhan, na China, rejeitada pela maioria dos especialistas, voltou ao debate nos Estados Unidos nos últimos meses e os apelos por uma investigação mais profunda se multiplicaram na comunidade científica.
A China, ferozmente contra a tese de um vazamento do vírus de um de seus laboratórios, acusou Washington de espalhar teorias de "conspiração".
Nesta quarta-feira, o governo comunista descartou novamente qualquer nova investigação da OMS sobre o coronavírus em seu território.
"A China não precisa provar sua inocência", disse o diretor-geral do departamento de controle de armas do Ministério das Relações Exteriores, Fu Cong.
"Se os Estados Unidos acreditam que a China é culpada, então devem apresentar provas", declarou. Fu Cong também disse que os EUA devem "estar preparados para aceitar um contra-ataque da China".
Pequim pediu à OMS que em vez de voltar a investigar centros chineses, visite o laboratório militar americano de Fort Detrick em busca de evidências da origem do coronavírus.
Pouco depois, o diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, classificou os comentários chineses como uma "contradição", já que Pequim rejeitou essa teoria.
"Acho difícil de entender, mas estou muito disposto a me comprometer com nossos colegas chineses para compreender o que querem dizer exatamente com essa declaração", disse Ryan nesta quarta-feira à imprensa.
A pandemia de covid-19 matou mais de 4 milhões pessoas em todo o mundo desde o final de dezembro de 2019, de acordo com um relatório preparado pela AFP a partir de fontes oficiais.
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