Este órgão independente vinculado ao governo etíope afirma ter recebido depoimentos de moradores da área de Gida-Kirimu, que atribuem o primeiro desses ataques a um grupo rebelde oromo.
Segundo esses depoimentos, "homens armados mataram mais de 150 pessoas" em 18 de agosto em ataques em uma área do oeste da Etiópia.
De acordo com testemunhas, homens armados supostamente vinculados ao Exército de Libertação Oromo (OLA, na sigla em inglês) executaram ataques "de caráter étnico", afirmou o organismo independente vinculado ao governo etíope.
Os ataques, que aconteceram um dia após uma retirada das forças de segurança da região de Gida-Kirimu, provocaram "represálias que mataram mais de 60 pessoas", completou a Comissão.
Muitos habitantes fugiram para a cidade de Kirimu, assim como para a região vizinha de Amhara.
Em um comunicado, o OLA negou qualquer responsabilidade nos ataques contra civis nesta região, e pediu uma "investigação independente das Nações Unidas", denunciando "fatos distorcidos".
O OLA, que tem milhares de membros, é uma derivação da Frente de Libertação Oromo, partido opositor cujos líderes retornaram do exílio após a chegada ao poder de Abiy Ahmed em 2018.
O governo acusou nos últimos meses este grupo rebelde de executar massacres contra os amhara, o segundo grupo étnico da Etiópia. O OLA nega responsabilidade.
No início do mês, a organização oroma anunciou um acordo com os rebeldes da Frente de Libertação Popular de Tigré, que lutam contra o exército federal há nove meses nesta região setentrional.
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