"Obviamente, essa proposta deve ser discutida", declarou o porta-voz da presidência russa Dmitri Peskov, durante sua conversa telefônica diária com a imprensa. "É muito importante evocar todas as modalidades dessa área, desse regime, mas antes de tudo é preciso entender a posição do Talibã em relação a essa ideia", acrescentou.
A França e o Reino Unido apresentarão uma proposta para criar uma "zona de segurança" ao Conselho de Segurança da ONU nesta segunda-feira, disse no domingo o presidente francês Emmanuel Macron ao Journal de Dimanche.
As operações de retirada de estrangeiros e afegãos que fogem dos talibãs devem terminar na terça-feira, 31 de agosto, quando soldados americanos deixarem o aeroporto.
As autoridades russas, que evacuaram centenas de pessoas, adotaram uma atitude conciliatória com os talibãs, reconhecendo sua vitória e chamando a um "diálogo nacional" para formar um governo representativo.
A Rússia, porém, está preocupada com a segurança das ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central, que fazem fronteira com o Afeganistão. Moscou teme especialmente o fluxo de refugiados com efeito desestabilizador na região, a chegada de jihadistas e a reativação do tráfico de ópio e heroína.
Nesta segunda-feira, Dmitri Peskov também considerou "prematura" a ideia de retirar o Talibã da lista de organizações terroristas. "É preciso ver quais serão suas primeiras medidas de governo", disse Peskov.
MOSCOU