Em números absolutos, ainda há 14,4 milhões de pessoas procurando trabalho, 400 mil a menos que no trimestre móvel anterior.
A taxa havia atingido o recorde de 14,7% nos dois primeiros trimestres móveis do ano.
Em abril-junho de 2020, quando a economia foi fortemente impactada pela pandemia do coronavírus e pelas medidas de contenção adotadas para contê-la, a taxa de desemprego foi de 13,3%.
"A queda na taxa abril-junho foi influenciada pelo aumento de pessoas ocupadas (87,8 milhões), que avançou 2,5%, mais 2,1 milhões de pessoas em relação ao trimestre móvel anterior", afirma o IBGE.
Um dos dados que mais se destacam no relatório do IBGE é o número de trabalhadores autônomos (24,8 milhões de pessoas), número recorde que representa um acréscimo de mais de um milhão de pessoas em relação ao trimestre anterior, quase metade dos empregos criados.
Analistas afirmam que a ligeira melhora no mercado de trabalho da maior economia latino-americana se deve, em parte, ao avanço da vacinação para conter a pandemia do coronavírus, que já fez quase 580 mil mortos no Brasil.
"A vacinação tem ajudado muito na geração de empregos, principalmente no setor de serviços, com a abertura (da economia). Vemos a arrecadação crescer fortemente, principalmente no imposto de renda, ou seja, nos trabalhadores", explicou à AFP Alex Agostini, da consultoria Austin Rating.
Agostini alerta, porém, para o crescimento da taxa de informalidade, que chegou a 40,6% (35,6 milhões de pessoas), ante 36,9% há um ano.
"A economia está tentando se recuperar, mas ainda percebemos um desequilíbrio na economia com essa questão da informalidade", acrescentou.
RIO DE JANEIRO