Víctor Zúñiga conduziu nesta terça-feira (31) a audiência sobre "controle de acusação", dedicada à revisão de aspectos formais, como citações aos 40 corréus do caso.
Em seguida, o magistrado pediu ao Ministério Público que, "em 10 dias, integre (o) pedido acusatório e absolva as observações da defesa", para que a audiência seja retomada em 29 de setembro, informou o Poder Judiciário.
A primogênita do ex-presidente preso Alberto Fujimori, para quem o Ministério Público pediu 30 anos e 10 meses de prisão por suposta lavagem de dinheiro e outros crimes, voltou à mira da Justiça três meses após perder a eleição que lhe daria imunidade para adiar o processo pelos cinco anos de mandato.
Keiko Fujimori esteve em prisão preventiva duas vezes, 16 meses no total, acusada de receber subornos e de lavá-los com a ajuda de corréus nas campanhas de 2011 e 2016.
Ex-empresários da Odebrecht confessaram a promotores peruanos no Brasil que distribuíram ilegalmente milhões de dólares entre políticos do Peru, incluindo ela e quatro ex-presidentes.
Zúñiga solicitou que o Ministério Público retifique a inicial acusatória e esclareça a situação processual de 14 supostos "colaboradores efetivos" de Keiko Fujimori, incluindo seu marido, o americano Mark Vito Villanella. A retificação deve indicar se esses 14 suspeitos ainda estão sob investigação ou se as denúncias contra eles foram arquivadas.
A fase de "controle de acusação" pode durar dias, semanas ou meses, após uma investigação que levou quase cinco anos. O sistema judiciário peruano é criticado por sua morosidade.
LIMA