Em agosto, o chefe de Estado pediu aos mais ricos de seus compatriotas que trabalhassem mais em prol da "prosperidade comum", em um país onde o boom econômico das últimas décadas acentuou as desigualdades.
Na mira das autoridades nos últimos meses por diversas razões - desde a coleta abusiva de dados pessoais até as acusações de práticas monopolísticas -, a Alibaba decidiu responder ao apelo.
O grupo "deseja contribuir para a conquista da prosperidade comum", disse em um comunicado Daniel Zhang, executivo da Alibaba.
A gigante do comércio eletrônico anunciou que deseja investir nos âmbitos da inovação tecnológica, das pequenas e médias empresas e inclusive no bem-estar dos trabalhadores precários.
Por conta disso, as ações do grupo caíram 4% na Bolsa de Hong Kong, devido à preocupação dos investidores com as consequências desta iniciativa para a empresa.
"Esta doação não garante que a Alibaba não será afetada por outras medidas reguladoras", disse à Bloomberg News o analista Castor Pang, da empresa Core Pacific Yamaichi.
Os reguladores chineses estão recuperando o controle das empresas tecnológicas após anos de legislação relativamente branda.
Na primavera, a Alibaba foi multada com 2,3 bilhões de euros por prejudicar a concorrência.
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