A Global Plywood and Lumber Trading LLC, sediada em Nevada e operando na Califórnia, se declarou culpada em um tribunal federal de Washington por violar a Lei Lacey, que proíbe o comércio de madeira sem identificar sua origem.
"A empresa admitiu que não teve o devido cuidado ao importar madeira de origem ilegal da Amazônia peruana para os Estados Unidos", disse o Departamento de Justiça em nota.
De acordo com a promotoria, em agosto de 2015, a Global Plywood comprou cerca de 1.135 metros cúbicos de madeira de três fornecedores peruanos.
A carga, que incluía espécies da região amazônica de Loreto, chegou em 27 de setembro de 2015 a bordo do navio Yacu Kallpa, em Houston, onde foi apreendida pela alfândega.
A investigação subsequente revelou que cerca de 92% da madeira importada foi cortada e transportada ilegalmente, informou o Departamento de Justiça, que realizou a investigação em colaboração com as autoridades peruanas.
A Global Plywood, que foi dissolvida em 2017, reconheceu que não revisou os procedimentos florestais ou licenças de importação, nem verificou irregularidades, disse a promotoria.
Por este motivo, o Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito de Columbia na sexta-feira condenou a empresa a pagar 200 mil dólares em restituição ao Ministério do Meio Ambiente do Peru, além de uma multa de cinco mil dólares.
O Peru foi abalado em novembro de 2017 pelo escândalo Yacu Kallpa, quando a ONG Global Witness revelou que grandes exportadores de madeira da Amazônia peruana haviam feito remessas milionárias para o México e os Estados Unidos, sabendo que sua origem não era necessariamente legal.
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