Formado principalmente por salvadorenhos, hondurenhos e guatemaltecos, além de alguns haitianos e venezuelanos, o grupo deixou Tapachula a pé, onde seus integrantes pernoitaram. Depois, seguiram a rodovia costeira Tapachula-Mazatán carregando crianças nos braços, malas e garrafas de água.
Esta é a quarta caravana em uma semana que inicia sua viagem aos Estados Unidos, em meio a intensas operações da Guarda Nacional e de agentes do Instituto Nacional de Migração (INM), que buscam prender esses requerentes de asilo.
Como as outras caravanas de migrantes, eles decidiram deixar Tapachula, a fronteira com a Guatemala, acusando as autoridades mexicanas de não lhes darem documentos de imigração para permanecerem legalmente no país.
Ativistas e agências das Nações Unidas que os acompanharam em sua jornada denunciaram o uso excessivo da força por parte de agentes mexicanos. O INM suspendeu dois desses agentes por terem espancado um imigrante.
O governo mexicano insistiu, porém, em que manterá sua política de contenção de imigrantes.
Na quinta-feira (2), o presidente Andrés Manuel López Obrador disse que enviará uma carta ao presidente americano, Joe Biden, para reiterar sua proposta de conceder vistos de trabalho a centro-americanos e mexicanos e de atacar a imigração irregular na raiz.
Fugindo da violência e da pobreza em seus países de origem, os imigrantes procuram chegar aos Estados Unidos em busca de refúgio.
Após a chegada do democrata Biden à Casa Branca, multiplicou-se o número de imigrantes que tentam fazer a travessia em condição ilegal do México, muitos deles menores desacompanhados.
Para conter a imigração em situação ilegal, o governo mexicano destacou mais de 27.000 militares das Forças Armadas para suas fronteiras no sul e no norte do território.
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