- 1958: Independência -
Em 2 de outubro de 1958, Ahmed Seku Turé proclamou a independência deste país da África Ocidental, dias depois de a Guiné ter-se recusado, por meio de um referendo, a aderir a uma "comunidade" franco-africana proposta pelo general Charles de Gaulle.
Em janeiro de 1961, Seku Turé é eleito presidente. Em 1967, ele declara um regime socialista.
- 1958-1984: Seku Turé no poder -
"Pai da independência" e herói do "Terceiro Mundo", Ahmed Seku Turé deixou rapidamente de agir como um líder progressista, ao governar o país com mão de ferro por 26 anos.
De acordo com organizações de direitos humanos, seu regime foi responsável pela morte, ou pelo desaparecimento, de cerca de 50.000 pessoas, assim como pela saída de outras centenas de milhares para o exílio.
- 1984-2008: Lansana Conté no poder -
Em 3 de abril de 1984, uma semana após a morte de Seku Turé, um comitê militar liderado pelo coronel Lansana Conté assume o poder. Conté se consolida como senhor absoluto do país. Em 1985, seu regime enfrentou uma tentativa de golpe e, em 1996, um motim militar mortal.
Conté foi eleito presidente em 1993 e, posteriormente, reeleito mais duas vezes em eleições contestadas, ou boicotadas, pela oposição.
No início de 2007, ocorreram manifestações contra o "Sistema Conté". Os protestos foram duramente reprimidos, com um saldo de 180 mortos, segundo ONGs.
- 2008: golpe de Estado -
Em 23 de dezembro de 2008, os militares assumiram o poder sem derramar sangue, um dia após a morte de Lansana Conté. O governo derrubado jura lealdade a uma junta presidida pelo capitão Musa Dadis Camara.
Em 28 de setembro de 2009, as forças de segurança abriram fogo em um estádio onde milhares de opositores estavam concentrados. Pelo menos 157 deles morreram neste episódio, e mais de 100 mulheres são estupradas.
Em dezembro, Musa Dadis Camara foi baleado na cabeça por seu próprio ajudante.
- 2010: Condé, primeiro presidente eleito democraticamente -
Em janeiro de 2010, o general Sekuba Konaté, presidente interino, assinou um acordo que previa eleições presidenciais.
Em 7 de novembro daquele ano, o histórico adversário Alpha Condé se tornou o primeiro presidente eleito democraticamente no país.
Em 19 de julho de 2011, Condé sai ileso de um ataque cometido contra sua residência em Conacri por militares opositores.
Ele foi reeleito em 11 de outubro de 2015, após um pleito marcado pela violência e por denúncias de fraude.
- 2013: epidemia de Ebola -
No final de 2013, a epidemia mais letal de febre hemorrágica Ebola estourou na Guiné, deixando mais de 2.500 mortos no país até 2016.
- 2019-2020: terceiro mandato de Condé -
Em outubro de 2019, a pretensão de um terceiro mandato de Condé, a ser disputado em 2020, provoca um protesto que resulta na morte de dezenas de civis.
Em 22 de março de 2020, uma nova Constituição proposta pelo próprio Condé para disputar seu terceiro mandato é adotada por meio de um referendo, boicotado pela oposição.
Alpha Condé é declarado o grande vencedor das eleições convocadas para 18 de outubro de 2020, apesar dos protestos de seu principal adversário, Cellu Dalein Diallo, e de outros opositores que o acusam de fraude.
CONACRI