Jornal Estado de Minas

JOANESBURGO

Ex-presidente sul-africano Zuma é solto por motivos de saúde

Preso desde 8 de julho por desacato à Justiça, o ex-presidente sul-africano Jacob Zuma foi posto em liberdade condicional por motivos de saúde, anunciaram as autoridades carcerárias do país no domingo (5).



Zuma, 79, está hospitalizado - por motivos que não foram divulgados - desde 6 de agosto fora da prisão onde cumpre uma pena de 15 meses por ter-se recusado a comparecer perante uma comissão de inquérito sobre a corrupção do Estado durante sua presidência (2009-2018).

"O Departamento de Serviços Penitenciários pode confirmar que o Sr. Jacob Gedleyihlekisa Zuma foi posto em liberdade condicional médica", disse um comunicado.

A liberdade condicional entra em vigor neste domingo, e Zuma cumprirá o restante de sua pena de 15 meses fora da prisão.

"A concessão da liberdade condicional médica ao Sr. Zuma significa que (...) ele deve cumprir uma série de condições específicas e estará sujeito à supervisão até o cumprimento de sua pena", acrescentou a nota.

A medida foi embasada por um "laudo médico" recebido pelos serviços penitenciários, disse a nota. Zuma passou por uma operação cirúrgica em 14 de agosto e segue hospitalizado.



Mzwanele Manyi, porta-voz do ex-chefe de estado, disse à AFP que não havia falado com Zuma desde o anúncio de sua liberdade condicional, mas que certamente se sentiria "aliviado".

Segundo ele, essa prisão "inconstitucional" de Zuma piorou seu estado de saúde. "Teve um impacto exponencial em termos de deterioração do seu estado", acrescentou, embora não quisesse revelar de que patologia sofre.

Para o principal partido da oposição, Aliança Democrática, a medida é "totalmente ilegal", principalmente porque, segundo a decisão, Zuma se recusou publicamente a ser examinado por uma comissão médica independente.

O encarceramento de Zuma desencadeou uma onda de violência e saques sem precedentes no país.

audima