O Exército israelense deteve na Cisjordânia ocupada ao menos cinco familiares de palestinos que fugiram de uma prisão em Israel no início desta semana e que ainda não foram capturados, informou uma organização palestina de defesa dos prisioneiros nesta quarta-feira (8/9).
Leia Mais
Rebeldes da região etíope do Tigré mataram 125 civisUltraconservadora Takaichi anuncia candidatura à sucessão do primeiro-ministro do JapãoJornal estatal chinês tenta tranquilizar investidores sobre endurecimento das regulamentaçõesClínica é bombardeada pela força áerea da Síria no noroeste do paísMobilizaram drones de vigilância e estabeleceram controles nas estradas, principalmente na Cisjordânia ocupada e nos arredores do enclave da Faixa de Gaza para tentar encontrar os prisioneiros, alguns deles condenados à prisão perpétua pelo seu papel em ataques contra Israel.
Dois irmãos de Mahmud Ardá, acusado pela mídia local de ser o artífice da operação, foram detidos pelo Exército israelense, de acordo com um comunicado do Clube de Prisioneiros Palestinos.
Um primo de Ardá também fugiu. Seu irmão foi preso, assim como o médico Nidal Ardá, parente deles, acrescentou a associação.
O pai de Munadel Infeiat, outro fugitivo membro do grupo armado Jihad Islâmica, também foi detido, segundo a fonte.
É provável que outros familiares desses fugitivos tenham tido o mesmo destino, informou à AFP Amani Sarahné, porta-voz do Clube de Prisioneiros Palestinos, acrescentando que alguns parentes deles foram interrogados e liberados.
Consultado pela AFP, o Exército israelense - que ocupa a Cisjordânia desde 1967 - confirmou que "houve várias detenções durante a noite", negando-se a fornecer mais detalhes.
A Justiça israelense emitiu uma ordem proibindo fornecer os detalhes da investigação, enquanto a imprensa local tenta levantar o véu que cobre este caso embaraçoso e delicado, já que as autoridades temem, entre outras coisas, que os palestinos em fuga cometam ataques.
"É direito de todo prisioneiro buscar a forma de alcançar sua liberdade", declarou na terça-feira o primeiro-ministro palestino, Mohamad Shtayyé, manifestando-se "feliz" com a fuga.
Na Faixa de Gaza e em Jenin - cidade no norte da Cisjordânia, de onde procedem alguns dos fugitivos - muitas pessoas foram para as ruas na segunda-feira, para celebrar a fuga desses prisioneiros, vistos como "heróis", mas também os homens mais procurados por Israel.