"Tendo em mente a responsabilidade de proteger o Japão e a determinação de abrir o caminho para o futuro, anuncio minha candidatura à presidência do PLD", o Partido Liberal Democrata, declarou em uma entrevista coletiva.
Takaichi, de 60 anos, é a segunda candidata oficial à sucessão de Suga, que anunciou na sexta-feira passada que não disputará a reeleição à liderança do partido.
O moderado Fumio Kishida, ex-ministro das Relações Exteriores, de 64 anos, anunciou a candidatura no fim de agosto para a votação interna do PLD prevista para 29 de setembro. O vencedor da disputa vai liderar o partido nas eleições legislativas que acontecerão até o fim do ano.
Natural de Nara (oeste do Japão), antiga capital imperial, Takaichi já ocupou vários ministérios, incluindo as pastas de Assuntos Internos e Comunicação, durante o mandato do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, de quem é próxima.
Esta política nacionalista se opõe a que o Japão apresente desculpas por seu passado militarista e visita com frequência o polêmico santuário xintoísta de Yasukuni, em Tóquio, que homenageia autoridades japonesas condenadas pelos Aliados por crimes de guerra depois da Segunda Guerra Mundial.
Abe apoia sua candidatura, segundo a imprensa nipônica, mas Takaichi não tem apoio unânime, nem sequer dentro do PDL.
Eleita pela primeira vez para a Câmara Baixa do Parlamento japonês em 1993, ela defende posições conservadoras e é contrária à possibilidade de que os cônjuges utilizem sobrenomes diferentes.
Fotografada em 2011 ao lado do líder de um partido neonazista japonês, ela afirmou mais tarde que caiu em uma armadilha, negando qualquer vínculo político com a extrema-direita.
Fã de rock pesado, Takaichi é admiradora do famoso baterista Yoshiki do grupo X Japan. Ela tocou o instrumento quando era adolescente.
audima