A cidade de Deraa é capital da província de mesmo nome, controlada pelo governo, em grande parte, desde 2018. Grupos rebeldes ainda controlam alguns setores no âmbito de um acordo de trégua anterior.
Segundo um novo pacto que pôs fim a violentos confrontos em julho e em agosto, os soldados entraram em Deraa al-Balad, nome dado aos bairros ao sul da cidade que estiveram sob cerco do governo por vários meses.
Eles "hastearam a bandeira nacional, instalaram posições e revistaram minuciosamente a área para declará-la um lugar sem terroristas", disse a agência de notícias oficial Sana, em referência aos rebeldes.
Outras etapas estão previstas no acordo que, no longo prazo, permitirá ao governo controlar todos os bairros do sul e de toda cidade de Deraa.
As tratativas foram mediadas pela Rússia, um aliado do Executivo de Bashar al-Assad.
Aos rebeldes que entregarem suas armas e aos homens que não tiverem feito o serviço militar obrigatório, o acordo oferece a possibilidade de ficar em Deraa al-Balad.
Aqueles que se recusarem a entregar suas armas deverão ser levados para outras regiões rebeldes no norte.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), as forças do governo vão revistar cada casa de Deraa al-Balad e registrar o nome de quem decidir ficar.
Os combates sangrentos em julho e agosto levaram cerca de 40.000 pessoas a fugir, a maioria crianças, conforme o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA).
A rebelião contra o governo sírio teve início na cidade de Deraa e, desde então, a guerra deixou 380.000 mortos e milhões de deslocados.
audima