A queima ocorrerá até 4 de outubro e inclui 7,7 toneladas de maconha, 5,7 toneladas de cocaína e 4,8 toneladas de pasta básica de cocaína, assim como outras drogas de menor pesagem, como o ecstasy, segundo a polícia.
"Nosso objetivo é deixar claro que a luta contra o tráfico ilegal de drogas não parou e evitar que 18 toneladas de entorpecentes vão para as ruas para o consumo de jovens e adultos e aumentem a quantidade de atos criminosos. Como sabemos, os crimes mais graves que chocam a sociedade são cometidos sob efeito das drogas", disse Juan Carrasco, o ministro do Interior do presidente de esquerda Pedro Castillo.
Este ano, o Peru destruiu cerca de 70 toneladas de drogas, segundo cifras oficiais.
"O tráfico ilegal (...) promove e financia o narcoterrorismo no país", acrescentou Carrasco, destacando a cooperação na investigação e Inteligência fornecida à polícia peruana pela Administração de Controle de Drogas dos Estados Unidos (DEA) no combate ao narcotráfico.
Durante a campanha eleitoral, líderes do partido marxista leninista Peru Livre, de Castillo, tinham dito que expulsariam a DEA do país, bem como a agência de cooperação americana USAID.
A DEA colabora com as autoridades peruanas há mais de três décadas.
A polícia faz operações antidrogas nos vales de cultivo de coca, que se encontram na confluência dos rios Apurímac, Ene e Mantaro, no leste do país. Nesta região operam ainda remanescentes da guerrilha do Sendero Luminoso, aliada ao narcotráfico, segundo a polícia.
Segundo a ONU, Peru, Colômbia e Bolívia são os maiores produtores mundiais de folha de coca e cocaína.
Estima-se que a produção peruana seja de cerca de 400 toneladas anuais de cocaína.
LIMA