Na madrugada deste sábado (11), uma unidade que realizava "operações militares" em uma comunidade foi atacada "com artefatos explosivos, fuzis e metralhadoras por criminosos do grupo armado organizado ELN", informou o Exército em nota obtida pela AFP.
O incidente ocorreu em Arauquita, município do departamento de Arauca, na fronteira com a Venezuela. O exército não relatou vítimas civis.
Nessa região atua o ELN, última guerrilha reconhecida nas Américas, que disputa o controle das receitas do narcotráfico e da mineração ilegal com dissidentes das FARC que não aderiram ao acordo de paz de 2016 e grupos paramilitares.
O presidente Iván Duque lamentou o ataque e acusou uma facção entre o ELN e ex-integrantes das antigas FARC que não depuseram as armas.
"Isso, claramente, é sobre um ato entre o ELN e os dissidentes das FARC planejado da Venezuela", escreveu o presidente no Twitter.
Bogotá acusa o governo de Nicolás Maduro de abrigar e fornecer proteção para membros de grupos armados ilegais colombianos, o que Caracas nega.
Os rebeldes armados "planejam atos terroristas" na Venezuela "e depois com um jogo macabro os executam na Colômbia", disse o ministro da Defesa, Diego Molano, em vídeo enviado à imprensa.
Na sexta-feira, o governo Duque havia denunciado o sequestro pelo ELN de dois soldados em Tame, outra cidade de Arauca. Quatro homens uniformizados foram sequestrados em 2021.
O país vive um surto de violência apesar do desarmamento daquela que foi a guerrilha mais poderosa do continente.
Colômbia e Venezuela, que compartilham uma fronteira de 2.200 quilômetros, romperam relações em 2019.
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