Goldfajn assumirá em 3 de janeiro de 2022 o Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, substituindo o mexicano Alejandro Werner, que em 31 de agosto se aposentou após oito anos no cargo, disse o FMI em um comunicado.
Entre os principais desafios de Goldfajn está supervisionar o pagamento da dívida bilionária que a Argentina mantém com o FMI após receber, em 2018, um empréstimo recorde do órgão multilateral.
Nascido em Haifa, Israel, em 1966 e com dupla nacionalidade israelense e brasileira, Goldfajn foi presidente do Banco Central do Brasil (BCB) e tem vasta experiência no setor privado, incluindo serviços no Itaú Unibanco e no Credit Suisse Brasil, assim como em consultorias com organizações financeiras globais como o Banco Mundial, a ONU e o próprio FMI.
"Sua comprovada trajetória como formulador de políticas, comunicador, assim como seu profundo conhecimento como executivo financeiro internacional e sua familiaridade com o trabalho do Fundo serão inestimáveis para ajudar os nossos países-membros na região", disse Georgieva.
À frente do BCB de maio de 2016 a fevereiro de 2019, Goldfajn supervisionou a implementação de mudanças regulatórias que abriram portas para novos atores na indústria de serviços financeiros e impulsionaram a digitalização, destacou o FMI, acrescentando que incentivou também o crescimento de empresas fintech.
Goldfajn, que foi economista do FMI de 1996 a 1999, se formou em economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e obteve seu mestrado na Pontifícia Universidade Católica (PUC) na mesma cidade. Finalizou seu doutorado em economia no Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.
"Fico muito satisfeita que Ilan esteja de volta conosco neste momento crucial" para continuar "ajudando os países da região a construírem economias mais resilientes e inclusivas", afirmou Georgieva.
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WASHINGTON