Em um auditório escuro e vazio e em um evento transmitido online por imposição da pandemia do coronavírus, Tim Cook, o chefe da empresa, elogiou as câmeras aprimoradas, telas mais brilhantes e novas funções para alguns dos outros dispositivos da gigante com sede no Vale do Silício, como o iPad.
"Estes são os melhores iPhones que já fizemos", afirmou Cook sobre as novas versões do produto carro-chefe da empresa, destacando o trabalho da Apple para projetar "os melhores produtos e serviços para enriquecer a vida das pessoas".
Mas, ao contrário do ano passado, com a incorporação da conexão 5G, as melhorias técnicas da nova geração de aparelhos da marca não incluem mudanças fundamentais.
"Foi outro evento de atualização anual sem muitas surpresas", analisou Gene Munster, da Loup Funds, em sua conta no Twitter.
Como esperado, a empresa californiana revelou a gama de iPhone 13, que inclui quatro modelos, desde a versão "Mini", que será comercializada a partir de US$ 700, até o iPhone 13 Pro Max, que começa em US$ 1.100.
Esses preços são semelhantes aos do iPhone 12 quando foi colocado à venda no final de 2020.
Suas câmeras e baterias têm um desempenho melhor e a capacidade 5G deve ser implementada para mais de 200 operadoras de telefonia em 60 países e regiões até o final do ano, explicou Kaiann Drance, vice-presidente responsável pelo iPhone.
A executiva lembrou também das mais recentes medidas tomadas para proteger o sigilo dos dados do usuário, uma das principais reivindicações de vendas da marca.
- Críticas e processos -
A Apple acaba de superar várias semanas de polêmica sobre suas novas ferramentas para combater a pornografia infantil em seus dispositivos iPhone e iPad.
As medidas geraram uma onda de reclamações entre os defensores da privacidade online. A empresa garantiu que os novos algoritmos propostos para detectar melhor as imagens de conteúdo sexual não reduziram a segurança ou a confidencialidade de seu sistema, mas ainda decidiu no início de setembro adiar sua implementação.
Paralelamente, também anunciou concessões para desenvolvedores de aplicativos no final de agosto.
Muitos deles acusam a Apple de abusar de sua posição dominante no mercado de economia móvel, obrigando os consumidores a usar a App Store para baixar qualquer aplicativo nos dispositivos da marca e pagar por bens e serviços digitais.
Respondendo a um processo da Epic Games, criadora do jogo Fortnite, um juiz da Califórnia acaba de proibir a Apple de forçar os desenvolvedores a usar seu sistema de pagamento em seus aplicativos.
"Mais de um milhão de aplicativos foram projetados especificamente" para o iPad, disse Cook, que nunca perde a oportunidade de destacar o rico ecossistema de 13 anos criado pela invenção da App Store.
E, nesta terça-feira, Cook exortou os usuários da marca a atualizarem seus dispositivos o mais rápido possível depois de garantir que a empresa consertou uma grande falha de software que permitia que o spyware Pegasus fosse instalado nos Iphones.
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