O Departamento do Tesouro informou que incluiu Musso Torres, também conhecida como "La Señora", em sua lista em virtude do Kingpin Act, a lei sobre líderes estrangeiros do narcotráfico, que bloqueia bens e ativos sob jurisdição dos Estados Unidos e proíbe qualquer transação financeira com indivíduos e entidades americanas.
Além de Musso Torres, seus dois filhos, Washington Antúnez Musso e Juan Carlos Reales Britto, e seu marido, Luis Antonio Bermúdez Mejía, foram sancionados por auxiliá-la nas atividades de tráfico de drogas em portos e enclaves marítimos nos departamentos colombianos de Magdalena, no Atlântico e La Guajira.
Segundo o Tesouro, a organização administrada por "La Patrona" controla corredores marítimos "estrategicamente localizados" no norte da Colômbia e cobra um imposto dos narcotraficantes em troca de proteção.
As sanções financeiras relacionadas aos negócios de Musso Torres atingem também duas entidades colombianas, a empresa agropecuária Exclusive Import Export e o campo de tiro e treinamento Polígono Santa Marta, ambos localizados em Santa Marta.
As sanções contra "La Patrona" e membros de sua organização "servem para lembrar que a cocaína colombiana continua sendo uma grande ameaça aos Estados Unidos", disse a diretora do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Tesouro, Andrea Gacki, em comunicado.
A Colômbia é o maior fornecedor mundial de cocaína, enquanto os Estados Unidos, que historicamente financiaram a luta contra as drogas, são o maior consumidor.
O Tesouro disse que, desde junho de 2000, mais de 2.200 indivíduos e empresas foram sancionados pelo Kingpin Act por seu papel no tráfico internacional de drogas.
WASHINGTON