"Fundou uma organização terrorista e contribuiu economicamente para atividades terroristas", afirmou a juíza Beatrice Mukamurenzi sobre o caso de Rusesabagina por seu suposto apoio à Frente de Libertação Nacional (FLN), um grupo rebelde acusado de executar ataques fatais em 2018 e 2019 no país africano.
O tribunal ainda precisa anunciar a setença correspondente.
Rusesabagina, que usou seu prestígio para denunciar o presidente ruandês Paul Kagame como ditador, foi detido em agosto de 2020 quando um avião que ele acredita que seguia para o Burundi pousou em Kigali.
A família afirma que Rusesabagina foi sequestrado e alega que as nove acusações contra ele, incluindo terrorismo, são uma vingança do governo por suas críticas.
Kagame rejeita as críticas sobre o caso. Ele declarou que Rusesabagina está detido não por sua fama, e sim pelas vidas perdidas "devido a suas ações".
O julgamento contra Rusesabagina e outras 20 pessoas começou em fevereiro, mas o réu, que tem nacionalidade belga e reside nos Estados Unidos, boicotou o processo desde março, ao acusar o tribunal de "arbitrariedade e falta de independência".
Estados Unidos, que concederam a Rusesabagina a Medalha Presidencial da Liberdade em 2005, o Parlamento Europeu e a Bélgica expressaram preocupações com a legitimidade do julgamento.
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