"Estabelecemos a ordem, depois da tentativa de golpe realizada por oficiais nesta terça-feira", disse o ministro da Informação, Hamza Balul.
De acordo com o ministro, as autoridades competentes "prenderam os promotores do golpe fracassado". Entre eles, "há militares e civis pertencentes ao extinto governo" de Bashir.
Mais cedo, uma fonte do governo havia informado à AFP que os envolvidos tentaram assumir o controle do prédio da imprensa oficial, mas "fracassaram".
Uma fonte militar relatou que vários oficiais "estavam envolvidos no atentado, mas foram imediatamente suspensos".
O trânsito parecia normal no centro de Cartum, inclusive ao redor do quartel-general do Exército, onde meses de grandes protestos provocaram a queda de Omar al-Bashir em 2019.
As forças de segurança do país fecharam a principal ponte que atravessa o rio Nilo e liga Cartum à cidade de Omdurman.
No momento, o Sudão se encontra sob o comando de um governo de transição, formado por representantes civis e militares. Esta nova administração foi instalada após a queda de Bashir em abril de 2019 e deve supervisionar o retorno a um Executivo civil.
As profundas divisões políticas e os grandes problemas econômicos dificultam uma já frágil transição.
Nos últimos meses, o governo adotou uma série de reformas econômicas para obter um alívio da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
As medidas foram consideradas muito severas por parte da população. Entre elas, estão o corte de subsídios e uma flutuação controlada da libra sudanesa.
Protestos esporádicos acontecem contra as reformas e contra o aumento do custo de vida.
audima