Rusesabagina, a quem se atribui o salvamento de mais de 1.200 vidas durante o genocídio em Ruanda de 1994, foi declarado culpado de acusações de terrorismo por uma corte superior de Kigali na segunda-feira e condenado a 25 anos de prisão em um veredicto muito criticado.
A ministra belga das Relações Exteriores, Sophie Wilmes, declarou que, apesar dos reiterados apelos de Bruxelas, "Rusesabagina não se beneficiou de um julgamento justo e equitativo; em particular, no que diz respeito aos direitos da defesa".
O governo de Ruanda criticou os comentários em um comunicado publicado na segunda-feira.
"Por esta razão, a reunião bilateral em nível ministerial prevista à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York não mais ocorrerá", informou em um comunicado.
Rusesabagina aproveitou a fama gerada por um filme de Hollywood inspirado em sua história para denunciar o presidente ruandês, Paul Kagame, como "ditador".
Esteve preso desde a sua detenção em agosto de 2020, quando um avião que pensava dirigir-se ao Burundi pousou em Kigali.
Rusesabagina, de 67 anos, que tem permissão de residência nos Estados Unidos, foi condenado por participar de um grupo rebelde ao qual se atribuem ataques mortais com armas, granadas e incêndios provocados em Ruanda em 2018 e 2019.
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