"A primeira lição a ser aprendida deste assunto é que a União Europeia deve construir sua independência estratégica. O que aconteceu no Afeganistão e a questão dos submarinos mostra que não podemos mais contar com os Estados Unidos para garantir nossa proteção", disse Le Maire, em entrevista à rádio Franceinfo.
"Os Estados Unidos têm apenas uma preocupação estratégica: a China, conter o aumento de poder da China", afirmou.
Tanto o ex-presidente Donald Trump quanto o atual, o democrata Joe Biden, "consideram que seus aliados devem ser dóceis. E nós consideramos que temos de ser independentes", frisou o ministro francês.
"Nossos parceiros europeus têm de abrir os olhos", pediu, criticando o apoio dado pela Dinamarca aos Estados Unidos.
O governo dinamarquês rejeitou as críticas feitas pelas autoridades europeias, após a decisão da Austrália de rescindir o contrato com o grupo francês Naval Group e optar por para um acordo com Estados Unidos e Reino Unido.
"Pensar, como a Dinamarca, que os Estados Unidos vão continuar nos protegendo, nos defendendo, aconteça o que acontecer, é um erro", advertiu.
Na quarta-feira (22), Joe Biden e Emmanuel Macron tiveram uma conversa por telefone, classificada como "amigável" pelo presidente americano, destinada a tentar recuperar a confiança após a crise dos submarinos.
Depois do telefonema, a França decidiu que seu embaixador em Washington, convocado para consultas, retorne para os Estados Unidos.
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