Neste balanço, referente à década de março de 2011 a março de 2021, foram consideradas apenas as vítimas de identidade conhecida e que tinham data e local precisos do óbito estabelecidos.
Este número "não é e não deve ser visto como um balanço exaustivo do número de mortos na Síria durante este período. Reflete um número mínimo verificável e, sem dúvida, subestima o número real de mortos", frisou Bachelet, no Conselho de Direitos Humanos, em Genebra.
A título de comparação, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), cujos números são considerados referência, divulgou em 1º de junho um balanço que eleva para 494.438 o número de mortes desde o início do conflito.
Bachelet destacou o fato de uma vítima em cada 13 ser mulher (26.727 óbitos) e, igualmente, uma em cada 13 ser criança (27.126 óbitos).
Ainda segundo os números da ONU, o maior número de mortos aconteceu em Aleppo (51.731 mortos), seguido dos arredores de Damasco (47.483) e Idlib (33.271).
"Há muitas outras vítimas que não deixaram testemunho, ou documento, sobre sua morte, e não pudemos revelar sua história", lamentou Bachelet.
A alta comissária voltou a pedir a criação de "um mecanismo independente com um forte mandato internacional" para lançar luz sobre o destino de inúmeras pessoas desaparecidas durante a guerra na Síria.
GENEBRA