A farmacêutica norte-americana Pfizer disse nesta segunda-feira (27/9) que iniciou os ensaios clínicos de fase intermediária e avançada de uma pílula para prevenir a COVID em pessoas expostas ao vírus.
Várias empresas trabalham em possíveis antivirais orais, que imitariam o que o medicamento Tamiflu faz contra a gripe e evitariam que a doença progredisse para um estado grave .
"Acreditamos que o combate ao vírus exigirá tratamentos eficazes para as pessoas que contraírem ou forem expostas ao vírus, complementando o impacto que as vacinas tiveram", disse Mikael Dolsten, chefe de pesquisa científica da empresa.
A Pfizer começou a desenvolver esse medicamento, batizado de PF-07321332, em março de 2020 e está avaliando-o em combinação com o ritonavir, que já é usado contra o vírus da aids.
O ensaio clínico envolverá 2.600 adultos que participarão dos testes assim que apresentarem sinais de infecção por COVID-19 ou assim que souberem que foram expostos ao vírus.
Eles receberão aleatoriamente uma combinação de PF-07321332 e ritonavir, ou um placebo, duas vezes ao dia por cinco a dez dias.
O objetivo do teste é determinar a segurança e eficácia dos medicamentos na prevenção de uma infecção por SARS-CoV-2 - o vírus que causa a COVID-19 - e o desenvolvimento de sintomas até o 14º dia após a exposição.
A pílula é conhecida como um "inibidor da protease" e, em testes de laboratório, demonstrou interromper o efeito de replicação do vírus.
Se funcionar na vida real, pode ser eficaz apenas nos estágios iniciais da infecção. A partir do momento em que a COVID progride para um estado grave, o vírus basicamente parou de se replicar e os pacientes sofrem de uma resposta imunológica hiperativa.