Ao se tentar acessar as páginas da CNN no Facebook, os usuários australianos viram uma mensagem aparecer em suas telas, informando que o conteúdo estava limitado a partir de hoje.
No início de setembro, o Tribunal Superior da Austrália confirmou uma sentença, segundo a qual os veículos de comunicação são responsáveis pelos comentários dos usuários em suas postagens. Com isso, ficam passíveis de serem processados, no âmbito da estrita legislação australiana sobre difamação.
Na quarta-feira (28), a emissora americana disse ter pedido ao Facebook que ajudasse os editores a desativar os comentários em sua plataforma na Austrália, mas que o gigante das redes sociais "decidiu não fazer isso".
"É decepcionante que o Facebook tenha fracassado, mais uma vez, em fazer de sua plataforma um lugar confiável para jornalismo e para a interação produtiva dos usuários sobre as notícias", afirmou um porta-voz da CNN, em um comunicado.
O caso foi levado à Justiça por Dylan Voller, um ex-detento indígena. Ele alegou que os editores dos veículos Sydney Morning Herald, The Australian e Sky News eram responsáveis pelos comentários difamatórios sobre ele em suas páginas no Facebook.
Os meios de comunicação em questão argumentaram, sem sucesso, que não eram responsáveis pelos comentários, mas a mais alta instância da Justiça australiana determinou que poderiam, se desejassem, ocultar, ou bloquear, os comentários difamatórios.
A legislação australiana em matéria de difamação é complexa e está entre as mais rígidas do mundo.
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