A decisão acontece em um momento de tensão entre Farnça e Argélia, que anunciou no sábado "a convocação imediata para consultas" de seu embaixador em Paris, para expressar o "categórico repúdio" a declarações atribuídas ao presidente francês Emmanuel Macron sobre o "sistema político-militar" de Argel.
"Esta manhã, ao apresentar os planos de voos de dois aviões, soubemos que os argelinos fecharam o espaço aéreo de seu território para os aviões militares franceses", afirmou à AFP o coronel Pascal Ianni, confirmando informações do jornal Le Figaro.
Ele explicou, no entanto, que "isto não afeta as operações nem as missões de informação" da França no Sahel para a luta antijihadista.
O clima de tensão entre os dois países acontece com a aproximação do 60º aniversário da guerra da Argélia e de sua independência.
De acordo com uma reportagem do jornal Le Monde, que relatou o encontro na quinta-feira entre Macron e jovens descendentes da guerra da Argélia (1954-1962), o presidente francês teria considerado que, após sua independência em 1962, a Argélia foi construída com base em uma "receita memorial" alimentada pelo "sistema político-militar".
Segundo o Le Monde, Macron evocou "uma história oficial totalmente reescrita que não é baseada em verdades", mas em "um discurso que se baseia no ódio à França".
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