O acordo nuclear internacional de 2015 prevê a reconfiguração e reconstrução do reator de água pesada de Arak para transformá-lo em um reator de pesquisa, incapaz de produzir plutônio para uso militar.
Citado pela agência de notícias Fars no domingo (3), Mostafa Nakhai declarou que "o reator Arak IR-20 será lançado dentro de um ano".
O diretor da Organização Iraniana de Energia Atômica Iraniana (OIEA), Mohamad Eslami, declarou em setembro que queria reativá-lo "o mais rápido possível" para fins de pesquisa.
Em abril, a OIEA disse que os testes a frio do reator IR-20 poderiam começar na primeira metade do ano iraniano, iniciado em 21 de março.
De acordo com o porta-voz da OIEA, Behruz Kamalvandi, "o reator geralmente entra em operação um ano após os testes de frio".
Em dezembro de 2020, o Parlamento iraniano aprovou um projeto de lei que relança a reconstrução do reator de Arak, aprovado antes da conclusão do acordo nuclear internacional que regulamentaria o programa nuclear de Teerã.
No âmbito deste acordo assinado em 2015, em Viena, pelo Irã e o Grupo P5+1 (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha), Teerã se comprometia a reconstruir o reator de água de Arak.
Além disso, o IR-20 deveria ser transformado em um reator de pesquisa, e o Irã limitaria o enriquecimento de urânio a 3,67%, em troca do levantamento das sanções adotadas pelo Conselho de Segurança da ONU, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE).
Segundo um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de 2016, o núcleo do reator foi removido, conforme estipulado pelo Acordo de Viena, e concreto foi derramado nele para que não pudesse funcionar.
Em 2018, porém, os Estados Unidos se retiraram do Acordo de Viena, restabelecendo suas sanções contra o Irã. Depois dessa reviravolta, Teerã alertou que isso iria desacelerar a remodelação do reator de Arak.
As negociações entre Teerã e as principais potências mundiais para reativar o acordo de 2015 estão paralisadas.
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