"Vi que Giscard d'Estaing estava sentado ao meu lado e colocava a mão na minha coxa por baixo da mesa. Foi uma loucura. Me perguntei o que estava acontecendo, troquei de lugar e acabou", escreveu a ex-dirigente social-democrata no livro "Considerações de uma loira".
Os fatos ocorreram em 2002-2003 durante um jantar na embaixada da França em Copenhague.
Naquele momento, Thorning-Schmidt participava da Convenção Europeia, criada para elaborar uma Constituição para a UE e presidida pelo ex-dirigente francês, que morreu em dezembro do ano passado.
"Hoje isso seria considerado assédio sexual. Naquele momento, não. Era outra época, mas me pareceu inadequado e esta situação me deixou muito indignada", declarou à agência local Ritzau.
Thorning -Schmidt foi a primeira mulher à frente de um governo dinamarquês, entre 2011 e 2015, e liderou os social-democratas de 2005 a 2015.
Essa não é a primeira vez que Valéry Giscard d'Estaing é acusado de assédio.
Em março de 2020, uma jornalista da televisão pública alemã WDR, Ann-Kathrin Stracke, de 37 anos, apresentou uma denúncia contra o ex-presidente francês, acusando-o de ter tocado em seu quadril três vezes durante uma entrevista em Paris.
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