Os integrantes do conselho consideram que o governo sírio continua descumprindo suas obrigações sobre a verificação da eventual presença de armas químicas em lugares suscetíveis à sua produção e armazenamento.
A OPAQ fez este apelo depois que Damasco se recusou a conceder um visto para um integrante da equipe de inspetores que deve viajar ao país em outubro.
"É imperativo que a Síria conceda os vistos [...] sem obstrução ou demora", declarou a embaixadora do Reino Unido, Joanna Roper, após uma reunião do Conselho Executivo dos Estados-membros da OPAQ em Haia, cidade holandesa onde está sediada a organização.
"A equipe de inspetores não visitará Damasco se algum que seus integrantes não obtiver um visto", declarou o diretor-geral da OPAQ, o diplomata espanhol Fernando Arias.
Segundo o dirigente da organização, as declarações do governo sírio sobre seu arsenal químico remanescente "não podem ser consideradas precisas nem completas", porque há "lacunas, incoerências e contradições que ainda não foram esclarecidas".
O regime do presidente Bashar al Assad sempre negou o uso de armas químicas e afirma que entregou todo o seu arsenal, tal e como previa um acordo firmado em 2013, depois de um ataque supostamente executado com gás sarin, um agente neurotóxico, que matou 1.400 pessoas em Ghouta, nos subúrbios de Damasco.
HAIA