"Temos 55% das economias mundiais comprometidas em limitar o aumento da temperatura a 1,5º C; é algo extraordinário. Mas precisamos que os 45% restantes se juntem a nós", declarou Kerry à rede BFMTV em Paris.
Kerry acrescentou que "é uma situação crítica, de vida ou morte para muita gente (...) Não, não é tarde (para agir) mas temos de agir agora".
O enviado especial americano insistiu que "devemos fazer mais do que o Acordo de Paris, que não é suficiente porque continuamos a aumentar as emissões" de gases de efeito estufa.
O Acordo de Paris de 2015 estabelece o compromisso de limitar o aumento médio da temperatura global a 2º C em relação aos níveis pré-industriais e redobrar os esforços para não ultrapassar o nível de 1,5º C até o final deste século.
Kerry também foi questionado sobre a crise diplomática provocada pela quebra, pela Austrália, de um contrato bilionário de compra de submarinos franceses a favor de navios americanos, sobre o qual assegurou que "não é uma traição" à França, mas "uma falta de comunicação."
Kerry, que fala francês, disse que teve uma conversa "muito agradável" com o presidente francês Emmanuel Macron. "Falamos como os amigos que somos", concluiu.
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