O Prêmio Nobel de Física de 2021 foi atribuído nesta terça-feira (5/10) a dois especialistas em modelos climáticos, o nipo-americano Syukuro Manabe e o alemão Klaus Hasselmann, e ao teórico italiano Giorgio Parisi.
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Nos últimos dois anos, a Real Academia Sueca de Ciências premiou descobertas no âmbito da astronomia. Por isso, muitos analistas apostavam em que, este ano, trabalhos desenvolvidos em outros campos de pesquisa seriam agraciados.
"As descobertas reconhecidas este ano mostram que nosso conhecimento do clima se apoia em uma base científica sólida, fundamentada em análises e observações rigorosas", afirmou o presidente do Comitê Nobel de Física, Thors Hans Hansson, em um comunicado.
Em 2019, o Prêmio Nobel de Física foi entregue a três cosmologistas: o canadense-americano James Peebles, que seguiu os passos de Einstein para esclarecer as origens do universo; e os suíços Michel Mayor e Didier Queloz, que revelaram a existência de um planeta fora do sistema solar.
No ano passado, o prêmio homenageou o britânico Roger Penrose, o alemão Reinhard Genzel e a americana Andrea Ghez, pioneiros na pesquisa sobre "buracos negros", as regiões do universo de onde nada pode escapar.
Lista dos vencedores do Prêmio Nobel de Física nos últimos 10 anos:
2021: Syukuro Manabe Unidos) e Klaus Hasselmann (Alemania), por seus trabalhos nos modelos físicos da mudança climática; e Giorgio Parisi (Itália), por sua contribuição à denominada teoria dos sistemas complexos.
2020: Roger Penrose (Reino Unido), Reinhard Genzel (Alemanha) e Andrea Ghez (EUA) por suas pesquisas sobre os buracos negros e os segredos de nossa galáxia.
2019: James Peebles (Canadá-Estados Unidos) e Michel Mayor e Didier Queloz (Suíça) por suas descobertas teóricas em cosmologia física e pela descoberta de um exoplaneta.
2018: Arthur Ashkin (Estados Unidos), Gérard Mourou (França) e Donnna Strickland (Canadá) por suas pesquisas no campo do laser que abriram o caminho para a criação de instrumentos de precisão avançada na medicina e na indústria.
2017: Rainer Weiss, Barry Barish e Kip Thorne (Estados Unidos) pela observação das ondas gravitacionais, que confirma uma previsão de Albert Einstein em sua teoria geral da relatividade.
2016: David Thouless, Duncan Haldane e Michael Kosterlitz (Reino Unido) por seus trabalhos sobre os isolantes topológicos, materiais "exóticos" que podem permitir em um futuro mais ou menos próximo criar computadores superpotentes.
2015: Takaaki Kajita (Japão) e Arthur B. McDonald (Canadá), pela descoberta das oscilações dos neutrinos, que demonstram que estas enigmáticas partículas têm massa.
2014: Isamu Akasaki e Hiroshi Amano (Japão) e Shuji Nakamura (Estados Unidos), inventores do diodo emissor de luz (LED).
2013: François Englert (Bélgica) e Peter Higgs (Reino Unido), por trabalhos sobre o bóson de Higgs, também conhecido como 'partícula de Deus'.
2012: Serge Haroche (França) e David Wineland (Estados Unidos), por pesquisas em óptica quântica que permitiram a criação de computadores superpotentes e relógios com precisão extrema