A neta do ditador fascista Benito Mussolini, Rachele Mussolini, obteve o maior número de votos nas eleições municipais de Roma realizadas no domingo e na segunda-feira (3 e 4/10) - revela a apuração quase total das cédulas, divulgada nesta quarta-feira (6/10).
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"A pessoa é mais importante do que seu sobrenome, por mais pesado que seja", disse ao jornal La Repubblica.
"Tenho muitos amigos de esquerda", disse a filha de Romano, quarto filho do ditador fascista, falecido em 2006, que era pianista de jazz e se casou em 1962 com a irmã da atriz Sophia Loren.
Outros descendentes do ditador italiano entraram na política, todos pela direita, incluindo a meio-irmã de Rachele, Alessandra, ex-membro do Parlamento europeu. Ela, inclusive, causou estranheza no país ao se declarar como 'de esquerda' e confirmou seu apoio a causas progressistas, como a criminalização da homofobia e da transfobia. Ao longo de sua carreira política, sempre esteve alinhada a posições da extrema-direita e passou inclusive por partidos de inspiração neofascista, como o extinto MSI (Movimento Social Italiano).
Mas, recentemente, defendeu um projeto contra a homofobia, e disse que a sexualidade é uma 'questão pessoal'. "Entendi que a orientação sexual não é sequer um tema. É como colocar uma roupa que você pode mudar, e ninguém se importa como é", disse.
Os partidos de direita foram derrotados nas eleições locais de domingo e segunda-feira na Itália, já que perderam as eleições em cidades-chave como Milão, Nápoles e Bolonha.
Em Roma, o segundo turno está previsto para 17 e 18 de outubro entre o candidato de direita Enrico Michetti, advogado e locutor de rádio, e o candidato de centro-esquerda, o ex-ministro da Economia Roberto Gualtieri.
No primeiro turno, Michetti obteve 30% dos votos, contra 27% de Gualtieri, que é o favorito, segundo várias pesquisas.