Caberá à juíza de instrução encarregada do caso decidir se aceita ou não o arquivamento.
Luc Besson, que nega as acusações feitas contra ele pela atriz Sand Van Roy, foi declarado testemunha assistida em 25 de janeiro, uma qualificação intermediária entre testemunha e investigado.
"São pedidos lógicos e coerentes com a realidade do caso e da investigação", reagiu em declarações à AFP o advogado do cineasta, Thierry Marembert.
"Sua posição nunca mudou", lembrou Marembert. "Tem vontade de fechar este parêntese e retomar uma vida normal", acrescentou.
Um dos advogados de Sand Van Roy, Francis Szpiner, criticou o que chamou de um "escândalo judicial" e lamentou que a nova juíza de instrução nomeada para este caso midiático tenha se recusado a "organizar uma acareação entre a denunciante e o autor".
A atriz apresentou uma denúncia de estupro em 2018 contra o produtor e diretor francês, de 62 anos, um dia depois de ter se encontrado com ele em um hotel de luxo da capital francesa.
Dois meses depois, a atriz denunciou outros estupros e agressões sexuais que teriam sido cometidos, segundo ela, durante dois anos de relação com "domínio profissional" por parte de Besson, diretor de "Nikita, criada para matar", "O Quinto Elemento", entre outros.
O MP arquivou estas denúncias em 25 de fevereiro de 2019, considerando que não tinha podido "caracterizar a infração denunciada".
Depois disso, a atriz apresentou uma nova denúncia com constituição de parte civil, que deu lugar à abertura de um caso por "estupro" no outono de 2019.
Outras oito mulheres acusaram o cineasta posteriormente de gestos inapropriados e inclusive de agressões sexuais, em testemunhos coletados pelo jornal francês Mediapart e cujos fatos prescreveram em sua maioria.
PARIS