Rifaat al Assad, de 84 anos, deixou a Síria em 1984, após uma tentativa fracassada de golpe de Estado contra seu irmão Hafez, que governou a república árabe até que seu filho Bashar o sucedeu no ano 2000.
Declarado culpado de lavagem de dinheiro organizada e desvio de fundos públicos sírios, Rifaat foi condenado em setembro, na França, a quatro anos de prisão e ao confisco de um patrimônio estimado em 90 milhões de euros (US$ 104 milhões).
"Para evitar sua prisão na França [...], o presidente Assad passou por cima do que Rifaat al Assad disse e fez e o autorizou a regressar à Síria", informou o jornal Al Watan.
Rifaat al Assad chegou ontem (7) à Síria e permanecerá afastado da vida política do país, detalhou a publicação síria.
Apelidado de "o açougueiro de Hama", Rifaat foi chefe das forças de elite de segurança interna, as Brigadas de Defesa, que reprimiram de forma violenta uma insurreição islamista em 1982, deixando entre 10 e 40 mil mortos, segundo diferentes fontes.
A Justiça francesa abriu uma investigação contra o ex-dirigente sírio em 2014, após as denúncias apresentadas pelas ONGs anticorrupção Sherpa e Transparência Internacional.
As autoridades francesas confiscaram bens materiais e um luxuoso patrimônio imobiliário, a maioria adquirido nos anos 1980, que Rifaat mantinha através de empresas registradas em paraísos fiscais por um tempo, e depois transferidas para Luxemburgo, administradas através de contas em Gibraltar, segundo as investigações.
DAMASCO