Os órgãos de controle da instituição com sede em Washington consideraram que as informações apresentadas durante a investigação não lhes permitiam atribuir "um papel impróprio" à economista búlgara.
Por sua vez, Georgieva aceitou imediatamente a decisão, afirmando que as acusações eram "infundadas".
A questão de se Georgieva, de 68 anos, permaneceria no comando do FMI, pipocava desde a publicação, em 16 de setembro, das conclusões de uma investigação do escritório de advocacia WilmerHale, conduzida a pedido do comitê de ética do Banco Mundial.
Nessa investigação, ela foi acusada de ter manipulado dados do relatório "Doing Business" para favorecer a China quando era diretora-geral do Banco Mundial.
Georgieva, diretora-gerente do FMI desde 1º de outubro de 2019, sempre negou os atos de que foi acusada.
Na noite desta segunda-feira, o Fundo disse que a decisão foi tomada após a oitava reunião do conselho sobre o assunto, "como parte do compromisso do conselho de conduzir uma revisão abrangente, objetiva e precisa".
"O Conselho concluiu que as informações apresentadas durante sua análise não demonstraram de forma conclusiva que a CEO desempenhou um papel inadequado em relação ao relatório 'Doing Business 2018', quando era CEO do Banco Mundial", diz o comunicado à imprensa.
"Depois de examinar todas as evidências apresentadas, o Conselho de Administração reafirma sua plena confiança na liderança e capacidade da diretora-gerente para continuar a exercer suas funções com eficácia", acrescenta o texto.
O Conselho declarou que está confiante "no compromisso de Georgieva" de "manter os mais altos padrões de governança e integridade no FMI".
"Confiança e integridade são os pilares das organizações multinacionais que servi fielmente por mais de quatro décadas", lembrou Georgieva, que revelou ter passado por "um episódio difícil a nível pessoal" e manifestou o seu "apoio inabalável à independência e integridade" das instituições.
WASHINGTON