O pontífice argentino autorizou promulgar "o decreto sobre o milagre atribuído por intercessão do venerável servo de Deus João Paulo I", informou em um comunicado o serviço de imprensa do Vaticano.
O milagre atribuído a João Paulo I, o italiano Albino Luciani, foi a cura inexplicável em 23 de julho de 2011, em Buenos Aires, de uma menina de 11 anos que estava gravemente doente e agonizando, mas que se curou graças às orações ao pontífice italiano, segundo o Vaticano.
Francisco reconheceu em agosto "as virtudes heroicas" de João Paulo I, considerando-o "servo de Deus", primeira etapa no caminho para a beatificação, cuja data ainda não foi determinada pelo Vaticano.
Para a canonização, é necessário ter intercedido em um segundo milagre, de acordo com as normas canônicas.
João Paulo I, conhecido como "o papa sorridente", é o último de uma longa sucessão de papas italianos e sua morte, ocorrida apenas 33 dias e seis horas após sua eleição, gerou dúvidas e teorias da conspiração.
Eleito em agosto de 1978 aos 65 anos para suceder Paulo VI, foi encontrado morto na madrugada de 28 de setembro de 1978 por um infarto, segundo a versão oficial.
No entanto, devido ao fato de não ser realizada a autópsia em pontífices e das imprecisões por parte do Vaticano sobre as condições e o horário da morte, a opinião pública alimentou o rumor de que ele teria sido assassinado, provavelmente envenenado.
Entre os papas recentes, Paulo VI (1963-1978) foi beatificado, enquanto João XXIII (1958-1963) e João Paulo II (1978-2005) foram canonizados.
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