Lili Bernard disse que Cosby a atraiu para o resort e cassino Trump Taj Mahal em Atlantic City por volta de agosto de 1990, sob o pretexto de se encontrar com um produtor que, segundo ele, poderia ajudá-la a progredir em sua carreira.
Uma vez na suíte de um hotel, Cosby preparou para ela uma bebida supostamente não alcoólica e Bernard contou que, após consumi-la, vomitou e perdeu a consciência.
Quando acordou, encontrou Cosby a estuprando, afirmou ela no processo que abriu na quinta-feira. Segundo Bernard, ela voltou a perder a consciência e se viu "nua e sozinha em uma banheira vazia ou jacuzzi no banheiro".
Na manhã seguinte, Cosby entregou a ela dinheiro e a acompanhou até um carro que a levou de volta a Nova York, indica a ação.
Cosby também "abusou sexualmente, espancou e drogou" Bernard "em outras ocasiões" e ameaçou processá-la por difamação se ela fosse à polícia, de acordo com os autos do processo.
Bernard disse que sofreu traumas psicológicos, mentais e físicos e pediu 125 milhões de dólares como indenização.
Seu processo foi movido sob uma lei de Nova Jersey que deu às vítimas de abuso sexual uma janela de dois anos, terminando no próximo mês, para apresentar ações civis contra seus supostos abusadores, independentemente de quando o abuso ocorreu.
Um porta-voz de Cosby apontou em um comunicado que os promotores de Nova Jersey encerraram uma investigação sobre as alegações de Bernard em 2015 sem acusar Cosby.
"Esta é apenas mais uma tentativa de abusar do processo legal, abrindo as comportas para pessoas que nunca apresentaram um fragmento de evidência, prova, verdade fatos, a fim de fundamentar suas supostas acusações", declarou Andrew Wyatt.
"O Sr. Cosby continua firme em sua inocência e lutará vigorosamente contra quaisquer acusações feitas contra ele e está disposto e capaz de levar essa briga ao mais alto tribunal dos Estados Unidos da América."
Bernard é uma das muitas mulheres que dizem que Cosby as agrediu sexualmente. Até o momento, porém, apenas um caso foi julgado criminalmente devido à expiração dos prazos de prescrição.
Em junho, um tribunal anulou a condenação do artista por drogar e abusar sexualmente de Andrea Constand em sua mansão na Filadélfia em 2004.
A Suprema Corte do Estado da Pensilvânia decidiu que havia sido negado a ele um julgamento justo e o libertou depois de ele ter cumprido mais de dois anos de sua sentença de três a dez anos de prisão. O tribunal não o exonerou, e sim anulou a condenação por um detalhe técnico.
A libertação de Cosby provocou a ira dos defensores do movimento #MeToo.
Em agosto, um juiz de Los Angeles decidiu que uma ação civil aberta há quase sete anos, em que Cosby é acusado de agredir sexualmente Judy Huth em 1974, quando ela tinha 15 anos, poderia prosseguir.
NOVA YORK