De forma excepcional, a Universidade de Harvard tinha prorrogado por um ano a licença para o serviço público de Gopinath, o que lhe permitiu atuar como economista-chefe do FMI por três anos, segundo o comunicado.
Gopinath dirige o departamento de pesquisas do FMI, encarregado do relatório trimestral Perspectivas da Economia Mundial (WEO na sigla em inglês).
A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse que a "contribuição" de Gopinath foi "verdadeiramente notável".
"Seu impacto no trabalho do FMI tem sido enorme", acrescentou, citada no comunicado.
Gopinath, de 49 anos, nasceu e cresceu na Índia, antes de concluir seus estudos nos Estados Unidos, onde adquiriu a cidadania americana.
Ela fez história como a primeira mulher a ocupar o cargo de economista-chefe do FMI.
"Nós nos beneficiamos enormemente de sua inteligência aguçada e de seu profundo conhecimento das finanças internacionais e da macroeconomia enquanto atravessamos a pior crise econômica desde a Grande Depressão", destacou Georgieva.
Gopinath é coautora do relatório "Pandemic Paper" sobre como pôr fim à pandemia de covid-19, estabelecendo metas de vacinação em escala mundial, lembrou o FMI.
"Este trabalho levou à criação do Grupo de Trabalho Multilateral, integrado pelos dirigentes do FMI, do Banco Mundial, da OMC e da OMS para ajudar a pôr fim à pandemia", informou.
Também levou à formação de um grupo de trabalho com fabricantes de vacinas "para identificar barreiras comerciais, gargalos no abastecimento e acelerar a entrega de vacinas a países de rendas baixa e média baixa".
Gopinath também contribuiu para o estabelecimento de uma equipe sobre as mudanças climáticas dentro do FMI com o objetivo de analisar "políticas ótimas para a mitigação das mudanças climáticas".
O FMI informou que a busca pelo sucessor de Gopinath "começará em breve".
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