"A rainha foi a um hospital na quarta-feira à tarde para se submeter a exames preliminares e voltou ao castelo de Windsor hoje (quinta-feira) na hora do almoço e mantém bom estado de ânimo", informou o palácio real em um curto comunicado.
O anúncio foi feito pouco depois de o jornal britânico The Sun vazar a notícia. Segundo o tabloide, a rainha ficou na clínica londrina porque estava muito tarde para voltar à residência de Windsor, afastada da capital britânica.
Apesar da idade avançada, da morte de seu marido, Philip, em abril, e da pandemia de covid-19, Elizabeth II, que completará ano que vem 70 anos como monarca, tem comparecido incansavelmente nos últimos meses em atos públicos.
Na terça-feira, ela participou de uma recepção oficial em Windsor para o empresário Bill Gates e o enviado americano para o clima John Kerry, na qual também esteve presente o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
Mas, na quarta-feira aceitou "a contragosto" suspender uma visita à Irlanda do Norte depois que os médicos a aconselharam a fazer repouso por alguns dias.
Segundo a agência de notícias britânica PA, a soberana esteve internada no hospital particular Edward VII, no centro de Londres, onde seu marido foi atendido várias vezes antes de falecer.
Durante sua internação, ela se limitou a se consultar com especialistas, mas decidiu-se que ela passaria a noite ali por razões práticas, informou a agência, destacando que a rainha voltou depois ao seu gabinete para realizar "tarefas leves".
Não se tem notícia de que a rainha tenha sofrido de nenhum problema grave de saúde nos últimos anos. De fato, apesar da idade, há alguns meses foi vista montando um pônei.
Sua última hospitalização remonta a 2013, quando passou 24 horas internada com gastroenterite, e a anterior ocorreu dez anos antes. Em janeiro de 2020, faltou a um compromisso por causa de um resfriado leve.
- Incansável após 70 anos no trono -
A rainha Elizabeth II ostenta o recorde de longevidade no trono britânico, ao qual chegou há quase 70 anos, em 1952.
Especulou-se em várias ocasiões sobre sua possível aposentadoria, especialmente após o falecimento de seu marido inseparável, aos 99 anos. Mas a chefe de Estado de 16 países mantém uma agenda atribulada.
Embora não viaje mais ao exterior, onde é representada por seu filho e herdeiro, o príncipe Charles, ela participou da cúpula do G7 em junho, concede condecorações e recebe novos embaixadores no Reino Unido, às vezes por videoconferência.
Desde o começo do mês, vinha participando de eventos públicos quase diários em locais como a abadia de Westminster, a cidade galesa de Cardiff ou as corridas de cavalos em Ascot.
A rainha deve comparecer à conferência sobre o clima das Nações Unidas, a COP26, no começo de novembro em Glasgow, na Escócia.
Na terça-feira, a revista britânica The Oldie informou que a rainha tinha rejeitado um prêmio que o veículo concede a cada ano a uma pessoa de idade avançada.
"Sua Majestade pensa que temos a idade que sentimos e, consequentemente, acredita que não cumpre com os critérios para aceitá-lo", informaram seus serviços de imprensa na carta para decliná-lo.
LONDRES