"Em 18 de outubro, a Procuradoria Geral do Estado abriu uma investigação prévia por suposta defraudação tributária contra o Presidente da República", destacou a entidade em um chat de imprensa no WhatsApp.
A Procuradoria acrescentou que a indagação surgiu a partir de uma denúncia apresentada pelo líder indígena e opositor Yaku Pérez, ex-candidato à Presidência pelo movimento Pachakutik (esquerda).
A secretária de Comunicação da Presidência destacou que "mais tarde" haverá um pronunciamento oficial a respeito.
Segundo os "Pandora Papers", Lasso, um ex-banqueiro de direita, controlou 14 sociedades offshore, a maioria sediada no Panamá, e as fechou depois que o ex-presidente Rafael Correa (2007-2017) conseguiu a aprovação de uma lei em 2017 que proíbe os aspirantes presidenciais ter empresas em paraísos fiscais.
Pérez disse, em entrevista ao canal RTU, nesta quinta-feira, que as ações de Lasso poderiam ser crimes de evasão tributária, enriquecimento ilícito ou por atuar como testa-de-ferro.
O governante negou em duas ocasiões se apresentar a uma comissão do Congresso que investiga o escândalo dos "Pandora Papers". Em carta difundida na quarta-feira, destacou estar disposto a receber os legisladores na sede da presidência.
Lasso afirma que teve "investimentos legítimos em outros países" e que as desfez para se candidatar nas eleições que venceu este ano e que não descumpriu a lei.
O Executivo avalia que a indagação do Legislativo, controlado pela oposição, embora com forças pulverizadas, é uma manobra para levar o presidente a um julgamento político, um mecanismo que contempla o impeachment.
QUITO