A pouco mais de um mês de escolher a Miss França 2022, o concurso de beleza mais famosos do país pode ter que enfrentar uma batalha judicial. É que a associação Dare Feminism acusa os organizadores do concurso de desrespeitar as leis trabalhistas francesas ao promover um concurso "discriminatório" com critérios "abusivos".
O grupo colheu depoimentos de três candidatas que informaram as regras para participar da competição e, algumas delas, foram consideradas discriminatórias: ter, no mínimo, 1,70m de altura; ser solteira; não ter filhos.
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Série de polêmicas
Essa é a segunda acusação de misoginia a um concurso de Miss que ganha repercussão mundial em 2021. Em abril, Lucy Maino, de 25 anos, perdeu a coroa de Miss Papua-Nova Guiné depois que um vídeo de dança viralizou no Tik Tok. Os organizadores consideraram inapropriado que uma "modelo e Miss" aparecesse "dançando dessa maneira" e "liberaram" Maino de suas funções.
Na época, o escritório da ONU no país se pronunciou sobre o caso. "Embora críticas construtivas e opiniões discordantes sejam legítimas, a intimidação nunca é aceitável em nenhuma forma: nem digital nem presencialmente", diz a nota.
Com informações da AFP.