"O objetivo é que a Itália receba contribuições de seus aliados da América Latina e do Caribe para a cúpula de Roma com os líderes das maiores economias, o G20, que acontecerá no final de outubro", explicaram fontes do ministério italiano das Relações Exteriores.
Trata-se, sobretudo, de definir saídas e prioridades para a região pouco antes da cúpula em Roma dos líderes das maiores economias do mundo, marcada para 30 e 31 de outubro, e da qual participam representantes da Argentina, Brasil e México.
Durante a cúpula, sob a presidência rotativa da Itália, os líderes vão começar a desenhar uma saída para a crise sanitária, social e econômica que o mundo atravessa com a pandemia de covid-19, além do desafio de mitigar a mudança climática, outra questão crucial em vista da conferência COP26 de Glasgow, que pretende adotar ações históricas sobre o clima.
São as mesmas questões e desafios enfrentados por toda a América Latina, explicou em comunicado o Instituto Ítalo-Latino-Americano (IILA), entre os organizadores do encontro.
O medo de futuras pandemias, a necessidade de uma recuperação econômica inclusiva e políticas comuns para conter os efeitos da mudança climática são algumas das questões que serão abordadas.
Os chanceleres latino-americanos, convidados por ocasião da X Conferência Itália-América Latina, que também conta com a presença de técnicos, especialistas e representantes de instituições, homenagearam nesta segunda-feira os famosos juízes italianos assassinados há 30 anos pela máfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, pela contribuição judicial no combate ao crime organizado.
O "Programa Falcone - Borsellino" para a América Latina, financiado pela Itália, "constitui o ponto mais avançado da diplomacia jurídica italiana", sublinhou IILA.
"É somente por meio da circulação, em escala mundial, das melhores práticas de combate à corrupção, ao crime organizao e à lavagem de dinheiro, que os desafios do crime moderno podem ser abordados e governados com sucesso", afirmou a vice-chanceler italiana Marina Sereni ao abrir o evento.
O evento contou com a presença das ministras italianas do Interior, Luciana Lamorgese, da Justiça, Marta Cartabia, o ministro das Relações Exteriores italiano Luigi de Maio, além de ministros e autoridades judiciais da América Latina, além do procurador nacional antimáfia da Itália e representantes da sociedade civil.
"Registramos 1.243 casos de cooperação judicial desde 2015 entre Itália e a região", destacou Cartabia ao resumir o pograma, que será renovado.
Na terça-feira, o dia será dividido em painéis temáticos, com a presença do chanceler italiano, Luigi Di Maio, além de numerosos chanceleres e representantes de países da América Latina e do Caribe.
Serão abordados três temas centrais, os chamados três "P" (pessoas, planeta e prosperidade), ao final dos quais será apresentada uma declaração final.
Itália, toda a América Latina e vários países caribenhos representados vão questionar em Roma o modelo de desenvolvimento pós-covid, levando em consideração a necessidade de uma energia limpa e que todos os cidadãos tenham acesso ao sistema digital.
ROMA