Os opositores estão em prisão preventiva ou prisão domiciliar, em um contexto "de escalada da crise na Nicarágua, agravada pelo período eleitoral", que busca "silenciá-los por meio de represálias" e "enviar uma mensagem de punição" à oposição ao governo de Daniel Ortega indicou a CIDH.
Apesar de a comissão, que é um ente autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), ter outorgado aos mesmos medidas cautelares, "nenhuma resposta foi recebida indicando que foram adotadas medidas de proteção para atender à situação de risco".
Ante a falta de garantias, a CIDH solicitou ao órgão judicial da OEA "que ordene ao Estado da Nicarágua que amplie as medidas provisórias" e implemente "medidas de proteção em favor das 15 pessoas identificadas e seus núcleos familiares". Segundo a comissão, essas pessoas "se encontram em situação de risco extremo e estão expostas a se tornar alvos de atos iminentes de violência, assim como aqueles que compõem seus núcleos familiares".
De acordo com a CIDH, mais de 30 pessoas foram detidas "arbitrariamente" este ano "de forma incomum", incluindo sete pré-candidatos à presidência, que permanecem privados de liberdade. O governo acusa os opositores de conspirarem para minar a soberania nacional e de serem "criminosos" que buscavam organizar um golpe de Estado.
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