Uma jovem indígena brasileira e uma estudante de geografia chilena discursaram nesta segunda-feira (1º) na Cúpula de Líderes da COP26 em Glasgow, com uma mensagem enérgica a favor do combate à mudança climática e em defesa da natureza.
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Com um traje tradicional e o rosto pintado, Paiter Bandeira Suruí reivindicou a herança de seus antepassados, a riqueza ecológica da Amazônia e exigiu a proteção para os líderes indígenas que são assassinados em defesa de suas comunidades.
"Hoje o clima está esquentando, os animais estão desaparecendo, os rios estão morrendo e nossas plantas não florescem como antes", explicou a jovem, estudante de direito.
Paiter Bandeira Suruí falou pouco antes do secretário-geral da ONU, António Guterres, que pediu por sua vez aos líderes presentes que cheguem a acordos para "salvar a humanidade" da mudança climática.
"A Terra está falando conosco e está dizendo que não temos mais tempo", explicou a jovem brasileira.
"Precisamos de outro caminho. Não em 2030, não em 2050, mas agora", disse a indígena, referindo-se às principais metas de progresso estabelecidas pela comunidade internacional.
"Temos ideias para adiar o fim do mundo. Acabemos com as mentiras", pediu.
Isis Riquelme se apresentou depois com uma mensagem em vídeo para a audiência como "ecofeminista" e estudante de geografia no Chile.
"Nós, seus filhos, suas crianças, decidimos colaborar globalmente para cuidar do nosso lar. Mas são vocês que decidem como reconstruí-lo. Peço que escutem", disse a jovem.
"Ajudem-nos por favor a garantir um futuro melhor. Nossas vidas estão em suas mãos. O que decidirem nesta conferência mudará o rumo da humanidade. É hora de agir", exigiu.