Em uma carta dirigida aos líderes do Senado e da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, os embaixadores apontaram que essa regulamento seria "discriminatório" para os produtores automotivos estrangeiros e iria "em detrimento" de compromissos comerciais internacionais, disse o texto divulgado pela embaixada do México em Washington.
Os legisladores americanos debatem conceder incentivos fiscais aos consumidores que compram carros elétricos montados nos Estados Unidos com o objetivo de acelerar o uso dessa tecnologia para finalidades ambientais.
No entanto, segundo os embaixadores, da forma como está planejada, esta regulamentação reduziria as opções dos consumidores no mercado americano para apenas dois veículos elétricos dos mais de 50 atualmente disponíveis, o que seria "contraproducente" para alcançar o objetivo compartilhado de redução das emissões de carbono.
O comunicado da Secretaria das Relações Exteriores do México alerta em particular que, se essa legislação for aprovada, violaria disposições de livre comércio americanas estabelecidas no Tratado entre México, Estados Unidos e Canadá (T-MEC).
"Este apelo ao Congresso dos Estados Unidos busca que reconsidere a adoção dessa legislação e repense um caminho alternativo para acelerar a adoção de veículos elétricos, que não utilize incentivos que sejam discriminatórios contra nenhum país ou produtor", disse.
Além do México, a carta foi assinada pelos embaixadores nos Estados Unidos da União Europeia, Alemanha, Áustria, Bélgica, Canadá, Chipre, Coreia do Sul, Croácia, Eslovênia, Eslováquia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Japão, Malta, Polônia, República Tcheca, Romênia e Suécia.
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